domingo, 19 de maio de 2013

Atividades sobre Adjunto Adverbial II - 7º ano


O anúncio ao lado faz propaganda de  um canal de tevê por assinatura chamado  Shoptime. Leia-o para responder às questões de 1 a 4.

1. O anúncio é quase todo constituído por  adjuntos adverbiais.
a) Identifique-os e classifique-os.
b) Que tipo de adjunto adverbial predomina no texto? O de tempo.
c) Que relação há entre esse tipo de  adjunto adverbial e o tipo de serviço  que o Shoptime presta?

2. O canal Shoptime apresenta e vende  produtos por telefone. Observe, na  parte superior do anúncio, o emprego  da palavra tentação.
a) O que essa palavra significa?
b) Para você, essa palavra pode ser  associada ao carnaval? Por quê?
c) Na sua opinião, por que, segundo  o anunciante, no canal de televisão  Shoptime também vai ter tentação?
d) Na sua opinião, por que o relógio da  figura está torto, amolecido?

3. Sabendo que esse anúncio foi publicado na revista da NET (serviço de tevê  por assinatura), relacione a imagem  do anúncio ao texto e responda: A  quem esse anúncio pretende atingir?  Por quê?

4. Compare o anúncio ao quadro do pintor surrealista Salvador Dalí, ao lado.
a) Que semelhança você nota entre  eles? A presença de relógios amolecidos.
b) Na sua opinião, essa semelhança  valoriza o anúncio e o leitor?

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

sábado, 18 de maio de 2013

Atividades sobre Sujeito e Predicado - 7º ano

Leia o poema a seguir, de Mário Quintana, e responda às questões de 1 a 4.

Ritmo

Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco

Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes
                                               No arroio
                                               a lavadeira bate roupa
                                               bate roupa
                                               bate roupa

                                               até que enfim
                                                                se desenrola
                                                                                toda a corda 
                                                                                          e o mundo gira imóvel como um pião! 
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 1995. p. 96.)


1. Observe as três primeiras estrofes do poema. Elas têm uma estrutura semelhante: primeiramente,
apresenta-se o local da ação, depois o sujeito da ação e, por fim, a ação praticada.
a) Que verso de cada uma das estrofes indica o local da ação? o primeiro verso
b) Qual é o sujeito da oração em cada uma das estrofes? 1ª: a varredeira; 2ª: a menininha; 3ª: a lavadeira
c) Quais são os verbos que exprimem as ações praticadas? varre, escova, bate
d) Que versos contêm o predicado desses sujeitos? varre o cisco, escova os dentes, bate a roupa

2. Observe o título do poema e perceba que, nas três estrofes iniciais, a repetição do predicado
produz um efeito sonoro, um ritmo.
a) Crie uma onomatopeia para imitar o som sugerido em cada estrofe.
b) Dos sons produzidos, qual é o mais forte? O produzido pela lavadeira.

3. Releia as duas últimas estrofes do poema:
a) Qual o sujeito dos verbos desenrola e gira? toda a corda; o mundo
b) A palavra corda apresenta vários sentidos. Observe:

corda: s.ƒ. 1. fio ou cabo utilizado para amarrar; 2. fio de tripa ou arame dos instrumentos 
musicais; 3. mecanismo de funcionamento de relógios e brinquedos.


Qual o significado da palavra corda no poema?
arroio: regato, pequeno riacho.

4. No poema, o mundo é comparado a um pião.

a) Para pôr um pião em movimento, é preciso fazê-lo rodar com uma corda ou fieira. No poema,
que ações fazem o mundo entrar em movimento até ficar girando como um pião?
As ações das pessoas, em seu trabalho ritmado (varrer, escovar, bater), criam o impulso para fazer o mundo girar.
b) Explique essa aparente contradição: como pode o mundo girar se ele está imóvel?
 O movimento do pião e do mundo é contínuo e uniforme, de modo que não o notamos.

5. É comum empregarmos o pronome na função de sujeito para evitar a repetição de termos.

Nas sequências das orações seguintes, elimine os pronomes que exercem a função de sujeito e
ligue as orações com as palavras ou expressões indicadas. Faça as adaptações necessárias.
a) Pedro só tem sete anos. Ele já faz cada pergunta... (mas) Pedro só tem sete anos, mas já faz cada pergunta...
b) O candidato fala muito bem. Ele convence qualquer eleitor. (tão... que)
c) Eles não vieram jantar. Eles não telefonaram para avisar. (nem) Eles não vieram jantar nem telefonaram para avisar.
d) Meu pai saiu muito cedo hoje. Ele tinha uma reunião com seu chefe. (porque)
e) Minha mãe chegou do trabalho. Ela viu aquela bagunça na sala. Ela me deu a maior bronca.
(quando – e) Quando minha mãe chegou do trabalho e viu aquela bagunça na sala, me deu a maior bronca.

6. Você aprendeu que qualquer palavra substantivada pode desempenhar a função de sujeito.
Assim, é comum, por exemplo, o locutor substituir um substantivo por um verbo, com a finalidade de realçar o sujeito, de dar-lhe mais ênfase. Observe esta situação:
A vida é muito boa.
Viver é muito bom.

Faça o mesmo tipo de substituição nestas orações:
a) Filho, a discussão nem sempre resolve. discutir
b) Em determinadas situações, o riso é o melhor remédio. rir
c) A pesca é o esporte favorito de muitos brasileiros. Pescar
d) O estudo e o trabalho são necessários a todo ser humano, mas também é preciso divertimento. Estudar e trabalhar / divertir-se
e) A briga não leva a nada. Brigar

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

Leia também:
Exercícios sobre sujeito e predicado
Atividade sobre tipos de sujeito (I) - 8º ano
Atividades sobre predicado

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Aula sobre Adjunto Adverbial III - 7º ano


Leia o anúncio ao lado e responda às questões de 1 a 4.

1. Observe o enunciado da parte superior do anúncio:
a) A que lugar se refere a expressão “Da Cidade Maravilhosa”?
b) A preposição de dessa expressão  indica, nesse contexto, finalidade, posse, origem, destino ou  tipo? Indica origem.

2. Compare o enunciado com a imagem do anúncio:
a) Pela imagem, é possível identificar que lugar é esse?
b) A preposição para do enunciado  indica, nesse contexto, finalidade, posse, origem, destino ou
tipo? Indica destino.
c) Existe alguma relação entre a imagem e a expressão “maravilha do  mundo”?

3. O emprego do pronome outra sugere que, anteriormente, já foi  citada uma das maravilhas do
mundo.
a) O termo citado anteriormente refere-se a uma das sete maravilhas do mundo antigo? Não.
b) Que palavras do anúncio permitem esse jogo de palavras? As palavras Maravilhosa e maravilha.

4. No enunciado da parte de baixo do anúncio, em  letras menores, lê-se: “São três opções de entrega
para você mandar suas cartas, documentos e encomendas para mais de 200 países”.
a) Indique a predicação do verbo mandar no contexto. Se ele tiver objetos, indique-os e classifique-os.
b) Suponha que você queira substituir os substantivos cartas, documentos e encomendas por um  único pronome pessoal oblíquo. Que pronome  você empregaria? O pronome os. Teríamos: ... para você mandá-los...

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Atividade sobre Verbo de ligação e predicativo do sujeito - 7º ano

Leia o poema a seguir, de Carlos Queiroz Telles, e responda às questões de 1 a 5.

Identidade
Cabelos molhados,
sol encharcado,
pele salgada,
vento nos olhos,
areia nos pés.
O corpo sem peso
é nuvem à toa.
O tempo inexiste.
A vida é uma boa!
Mergulho na água
azul deste céu.
Sou peixe de ar.
Sou ave de mar.
Mergulho em mim mesmo,
silêncio profundo.
Sou eu e sou Deus
de passagem no mundo,
nadando sem rumo
entre conchas e paz.

1. O eu lírico de um poema nem sempre representa o próprio poeta.
a) Com base no verso “Mergulho em mim mesmo”, responda: Quem é o eu lírico desse poema?
b) Em que lugar está o eu lírico, no poema? O eu lírico está à beira-mar, durante o dia.

2. A 2ª estrofe do poema descreve as sensações do eu lírico em contato com o mar:
“O corpo sem peso / é nuvem à toa.”
“A vida é uma boa!”
a) Explique por que ele tem a sensação de ter o “corpo sem peso”. Porque ele está boiando nas águas do mar.
b) Quais são os predicativos do sujeito dessas duas orações? nuvem à toa / uma boa
c) Para caracterizar a vida, foi empregada uma expressão coloquial: “uma boa”. O que ela significa? agradável, ótima, maravilhosa
um homem ou um menino

 3. Você já viu a linha do horizonte no mar, aquele ponto em que o céu se confunde com o mar?
Então releia a 3ª estrofe e responda:
Por que o eu lírico:
a) fala em água azul do céu? Porque o céu pode ser mar, e o mar, céu.
b) diz ser “peixe de ar” e “ave de mar”? Porque o céu e o mar se confundem e ele pode ser ave e peixe.

4. A água e o banho sempre estiveram relacionados com a ideia de purificação e de renascimento
(veja, por exemplo, o significado que tem o batismo em várias religiões).
a) Que verso demonstra que o mergulho nas águas do mar propicia ao eu lírico um mergulho
em seu próprio interior? “Mergulho em mim mesmo.”
b) Que palavra da última estrofe traduz o estado de espírito do eu lírico após os mergulhos que
fez? Paz.

5. Leia as frases:
Maria Lúcia é baixinha.
Maria Lúcia está baixinha para a idade.
Observe, na 1ª frase, que o falante, ao se referir a uma característica permanente, definitiva de
Maria Lúcia, empregou o verbo de ligação ser (na forma é). Na 2ª frase, o falante empregou o
verbo estar (na forma está), porque deseja se referir a um estado transitório de Maria Lúcia: ela
está baixinha, mas pode crescer.
a) Qual das frases abaixo você empregaria se quisesse dizer que seu cachorro come o tempo todo?
 • Meu cachorro está faminto.
 • Meu cachorro é faminto.
b) Crie uma frase com verbo de ligação para afirmar que, por ter ido muito bem numa avaliação
de Matemática, feita hoje, você se alegrou muito.
c) Crie outra frase, com verbo de ligação, para dar a entender que você sempre está alegre.
 Resposta pessoal. Sugestão: Eu sou uma pessoa alegre.

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Atividades sobre Adjunto Adnominal - 7º ano

1. Nas orações a seguir, substitua os adjuntos adnominais destacados por outros de sentido equivalente, como no exemplo: Respostas pessoais.

 adjunto adnominal      núcleo do sujeito      adjunto adnominal      adjunto adnominal               predicado
       Esta            sandália          vermelha        sem salto      é muito confortável.
      Minha                                   branca           com flores
         A                                        preta             sem fivela
       Toda                                     velha             de couro

a) Aqueles dois livros de contos são maravilhosos.
b) Vendi meus CDs de música clássica.
c) Todas as frutas têm alguma vitamina.
d) Minha tia adora fazer casaquinhos de tricô


3. Leia este texto:
Qual é a diferença entre furacão e tornado?
Furacão é, na verdade, um ciclone. Os ciclones são formados por redemoinhos de chuva e vento e nascem no mar, em águas quentes. Eles surgem quando o ar sobe em colunas, formando fortes tempestades. Quando surge sobre o oceano Atlântico, ele é chamado de furacão. Se nasce no oceano Pacífico, ganha o nome de tufão. Eles caminham em direção ao continente com ventos que podem chegar a 200 quilômetros por hora. Já o tornado se forma em terra, quando duas correntes de ar, uma quente e úmida, outra fria e seca, se chocam. Aí, o ar quente é lançado para o alto e começa uma grande tempestade. Os tornados são menores que os ciclones, mas também podem ser muito destruidores. 
(Recreio, nº 291.)

Identifique os adjuntos adnominais dos termos destacados no texto. Atenção: você deve, antes,  identificar mentalmente o núcleo dos termos. um / os / de chuva e vento / quentes / fortes / duas, de ar / o, quente / uma, grande / os

4. Nas frases a seguir, os adjuntos adnominais são representados por locuções adjetivas. Reescreva  as frases, substituindo as locuções por adjetivos. Veja o exemplo:
Aquela livraria é especializada em livros de crianças e de jovens.
Aquela livraria é especializada em livros infantis e juvenis.

a) Essas plantas de água são criadouros de pernilongos. aquáticas
b) Eu uso um tônico de cabelo. capilar
c) Aquele homem dirigiu o espetáculo de dança. coreográfico
d) O sol da manhã é mais saudável. matinal
e) Só podemos viajar no trem da noite. noturno
f) O planeta Terra já viveu a era do gelo. glacial

5. Nas frases a seguir, transforme o adjunto adnominal, representado por uma locução adjetiva, em
adjetivo. Veja o exemplo:
Minha confiança sem limites pôs tudo a perder.
Minha confiança ilimitada pôs tudo a perder.

a) Sua atitude de herói salvou o garoto da enchente. heroica
b) O pagamento por mês foi suspenso. mensal
c) O trem da noite está atrasado. noturno
d) O clima da serra faz bem à saúde. serrano
e) A entrada do lado está interditada para reparos. lateral
f ) Atos de ecologistas preservam a natureza. ecológicos
g) O sindicato dos patrões ainda não se manifestou sobre a greve dos operários. patronal
h) Uma prova por bimestre é pouco para avaliar um aluno. bimestral
i) O espetáculo de dança foi transferido para a próxima semana. coreográfico
j) O tônico de cabelo está no armarinho do banheiro. capilar

6. As manchetes de jornais são títulos de notícias formados por frases diretas e objetivas, sem muito detalhamento, para suscitar no leitor o desejo de ler a notícia completa no interior do jornal. Suponha que você tenha, na primeira página de um jornal, as manchetes abaixo. Crie, fazendo  as adaptações necessárias, adjuntos adnominais para o sujeito, para dar mais detalhes ao leitor.
a) Ladrão invade casa de milionário em bairro nobre.
b) Empresa lança o carro do ano.
c) Mulher denuncia maus-tratos.
d) Livro é lançado com festas.
e) Jogador é expulso de campo.
f) Torcedor beija juiz diante das câmeras de televisão.
g) Criança chora na rua.
h) Games chegam às lojas de todo o país

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES: Português: Linguagens

  Leia também:
Atividades sobre adjunto adverbial
Atividades sobre adjunto adverbial II
Atividades sobre adjunto adverbial (7º ano)
Atividades sobre Orações Subordinadas Adverbiais

terça-feira, 14 de maio de 2013

Atividades sobre preposição - 7º ano

O texto abaixo é a letra de uma canção do compositor Nando Reis, interpretada pela cantora  Marisa Monte em seu disco Mais. Leia-o e responda às questões de 1 a 5.

Diariamente
Para calar a boca: rícino
Para lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora
Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador
Para o Pará e o Amazonas: látex
[…]
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado
Para o automóvel que capota: guincho
[…]
Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagi
Para a comida das orcas: Krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você o que você gosta: diariamente

1. Em quase todos os versos da canção, temos a presença de um sinal de pontuação: o dois-pontos.  Observe estes três versos do texto:
“Para lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora”

 Empregando dois-pontos, o autor tornou a frase mais econômica, menor, pois deixou de empregar uma ou mais palavras para ligar as duas partes do verso.
a) Sem empregar esse sinal de pontuação, reescreva os três versos acima, acrescentando uma ou  mais palavras para ligar as duas partes de cada frase.
b) A que classe gramatical pertencem as palavras suprimidas pelo autor: substantivo, adjetivo,  verbo ou advérbio? verbo
c) A estrutura desses versos e dessas frases lembra um tipo de linguagem que procura vender  determinado produto. Que linguagem é essa? A linguagem publicitária.

2. Logo à primeira leitura, notamos que a letra da canção apresenta uma construção especial, graças
à repetição de palavras e estruturas de frases.
a) Que palavra se repete em todos os versos? A palavra para.
b) Qual a sua classe gramatical? Preposição.
c) Essa palavra geralmente transmite a ideia de tempo, lugar ou finalidade. Na canção, qual desses sentidos aparece com maior frequência? O sentido de finalidade.

3. Observe estes versos do final da canção:
“Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta”
Neles, o autor quebrou a estrutura que vinha utilizando e não empregou dois-pontos nem um  termo posterior para fechar o verso. Então, faça você o que ele não fez: a exemplo do restante  do texto, empregue dois-pontos e invente um substantivo que sirva de fechamento para cada  verso. Resposta pessoal. O importante, neste exercício, é garantir a coerência.

4. O nome da canção é “Diariamente”, palavra que também aparece no último verso. Que relação  você acha que há entre o título e as repetições existentes na canção? As repetições dão a ideia de que todos os dias tudo é  igual; daí a relação com diariamente.

5. A exemplo de Nando Reis, construa um poeminha com os mesmos procedimentos empregados  na canção “Diariamente”. Comece com uma preposição e empregue dois-pontos ou vírgula e, em  seguida, um substantivo. Sugerimos as preposições contra, após e a locução prepositiva antes de. Mas, se preferir, escolha outras preposições e locuções.

6. Compare estes enunciados:
Não me referi ao skate de Carlos, mas ao skate de Filipe.
Não me referi ao skate de Carlos, mas ao de Filipe.

Às vezes, procuramos formas mais sintéticas, mais concisas para expressar uma ideia. É o que  vemos no segundo enunciado, em que ficou subentendida a palavra skate, representada pela  combinação ao.

Faça o mesmo com os enunciados que seguem, suprimindo o termo destacado:
a) Nunca gostei dos filmes de terror; gosto mais dos filmes de aventura. ...gosto mais dos de aventura.
b) Não estou precisando no momento dos exercícios de Matemática, mas estou precisando dos  exercícios de Geografia. … mas dos de Geografia.
c) Não assisti ao circo francês, e sim ao circo chinês. … e, sim, ao chinês

7. A preposição com, entre outros sentidos, pode apresentar o de companhia e modo. Verifique que  valores essa preposição tem nas frases abaixo:
Entrei com cuidado naquela sala escura. modo
Entrei com meu pai naquela sala escura. companhia
Entrei com medo naquela sala escura. modo

8. Às vezes a omissão de uma preposição numa frase pode resultar em ambiguidade, isto é, duplo  sentido. Observe:
Gosto de livros sobre viagens espaciais e filmes em geral.
Gosto de livros sobre viagens espaciais e sobre filmes em geral.
Gosto de livros sobre viagens espaciais e de filmes em geral.

Comparando as três frases, verificamos que a primeira apresenta sentido ambíguo, que se esclareceria com a repetição de sobre ou com o emprego da preposição de.
Como nesse caso, dê duas redações diferentes às frases que seguem, evitando a ambiguidade  delas por meio do emprego de preposições:
a) Na rua, fui abordado por um sujeito estranho com óculos escuros e um gato.
b) Você está sem criatividade para trabalhar e namorar há quanto tempo?
c) Ele foi tomado como informante da polícia e ladrão.

9. Você já deve ter ouvido muita gente dizer:
Comprei uma tevê a cores nova.
Nós somos em cinco irmãos na minha casa.
 Nos dois enunciados, o emprego das preposições não está de acordo com a norma-padrão da  língua. Você é capaz de descobrir de que forma eles ficariam de acordo com a norma-padrão?

10. Compare estes enunciados:
Depois de muito pensar, resolvi ir aos Estados Unidos.
Depois de muito pensar, resolvi ir para os Estados Unidos.

 Na língua coloquial, é comum as pessoas empregarem uma preposição por outra, sem reparar na  diferença de sentido existente entre elas. Em um desses enunciados, a preposição está relacionada  à ideia de permanência ou destino, no outro, à ideia de passagem.
a) Em qual dos enunciados o locutor informa que pretende viver nos Estados Unidos? No segundo.
b) Em qual deles o locutor informa que pretende visitar os Estados Unidos ou permanecer por
pouco tempo no país? No primeiro.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português: Linguagens.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Atividades sobre Transitividade verbal – objeto direto e objeto indireto (7º ano)

Leia este poema, de Elias José, e responda às questões de 1 a 4:

Tempo
Passou o tempo de roubar amoras,
mangas, goiabas e mexericas
no quintal dos vizinhos.

Passou o tempo de sonhar vitórias,
com sorriso de campeão
de futebol, basquete ou corrida de carro.

Passou o tempo de empinar pipas
e dar asas aos olhos e ao corpo
para soltar-me no espaço com elas.

Passou o tempo de não ter vergonha
de ser rei dos castelos de areia
ou de esconder tesouros de figurinhas,
bolinhas de gude e pedras preciosas.

Passou o tempo de caçar briga,
chamar pro braço ou xingar a mãe
e a raça toda do amigo-inimigo.

Chegou um tempo de sonhar com a noite
na cidade, com todas as luzes e sons
que ainda amedrontam quando chamam.

Chegou o tempo de brigar com o mundo,
sentir sufoco, calor nas mãos
e asas nos pés que querem sumir,
sair de casa e ganhar o mundo.

Chegou o tempo de pensar em namoradas
e sonhar com corpos e beijos
que vivem mais nos poemas que no real.
(Cantigas de adolescer. 7. ed. São Paulo: Atual, 1993. p. 40-1.)

1. O poema intitula-se “Tempo” e está organizado em duas partes: a primeira trata das lembranças  do passado e a segunda descreve o presente.
a) Que estrofes do poema formam a primeira parte? As cinco primeiras.
b) Quais formam a segunda parte? As três últimas.
c) Em cada uma das partes, um único verbo inicia todas as estrofes. Que verbos se repetem nas  duas partes? passou e chegou

2. O primeiro verso da primeira estrofe de cada parte se repete quase inteiro nas estrofes seguintes.
De uma estrofe para outra, alteram-se apenas o segundo verbo do verso e o objeto. Observe os
versos iniciais das duas primeiras estrofes:
                                                 Verbos transitivos diretos       Objetos diretos
Passou o tempo de                roubar                      amoras
Passou o tempo de                sonhar                      vitórias

Note que, nesses dois versos, os verbos são transitivos diretos e seus complementos são objetos  diretos. Com os versos iniciais das estrofes seguintes, faça um quadro semelhante em seu caderno. A seguir:
a) verifique, em cada verso, se o segundo verbo é transitivo direto ou indireto;
b) verifique se o complemento do segundo verbo é objeto direto ou objeto indireto;
c) conclua: Na primeira parte predominam verbos transitivos diretos ou indiretos? E na segunda?

3. Compare as ações do eu lírico na infância com as da atualidade:

Passado                                   Presente
• Roubava amoras.                 • Sonha com a noite.
• Sonhava vitórias.                  • Briga com o mundo.
• Empinava pipas.                   • Pensa em namoradas.
• Não tinha vergonha.
• Caçava brigas.

a) Em qual dos dois tempos o poeta tinha ou tem uma relação mais concreta e direta com o  mundo? Qual a razão disso? No passado. Como criança, não tinha “vergonha de ser rei dos castelos”; por isso, sua relação com o mundo era mais direta.
b) Em qual dos tempos o poeta tinha ou tem uma relação com o mundo mais abstrata e indireta?  No presente, quando as próprias ações indicam maior abstração: sonhar com a noite, brigar com o mundo, sonhar com namoradas irreais.

4. No poema, as relações do eu lírico com o mundo e o emprego de objetos podem ser esquematizados desta forma:

Eu - mundo:
no passado relação mais direta predomínio de verbos transitivos diretos
no presente relação indireta predomínio de verbos transitivos indiretos

De acordo com o texto e com o esquema, quais das afirmativas seguintes correspondem a conclusões a que esse estudo do poema possibilita chegar?
a) Na primeira parte do texto, que trata da infância, o poeta tem uma relação mais direta com o mun - do; na construção do texto, igualmente, predominam verbos transitivos diretos e objetos diretos.
b) Na primeira parte do texto, que trata da infância, o poeta tem uma relação indireta e abstrata  com o mundo. Os verbos utilizados para construir essa ideia são, predominantemente, transitivos diretos, e seus complementos são objetos diretos.
Na primeira parte, o segundo verbo do primeiro verso é sempre transitivo direto; na segunda parte, transitivo indireto. Na primeira parte, é sempre objeto direto; na segunda parte, objeto indireto.  Na primeira parte predominam verbos transitivos diretos; na segunda parte, transitivos indiretos.

c) Na segunda parte do texto, que trata da adolescência, o poeta tem uma relação mais indireta
e abstrata com o mundo. Os verbos utilizados para construir essa ideia são, predominantemente, transitivos indiretos, e seus complementos são objetos indiretos.
d) Na segunda parte do texto, que trata da adolescência, o poeta tem uma relação indireta e concreta com o mundo; a estrutura do texto é construída, predominantemente, a partir de verbos
transitivos diretos e objetos diretos.

5. Suponha que você esteja escrevendo e, de repente, a ponta de seus lápis se quebre. Crie uma
frase, pedindo um lápis ou um apontador emprestado, fazendo uso:
a) de um verbo transitivo direto e um objeto direto;
b) de um verbo transitivo indireto e um objeto indireto;
c) de um verbo transitivo direto e indireto e dois objetos: um direto e outro indireto.

Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

domingo, 12 de maio de 2013

Atividades sobre Predicado - 7º ano

Leia este poema, de Alcides Buss, observando sua estrutura visual:

Fio de fala
 A faca   corta.
 A faca   fala
 A faca   fala
 no seu   FA…
 A faca   corta
  no seu   CA…
  A faca   fala
 quando   corta.
  A faca   corta
  quando   fala.
— Você   afia
      o fio   da fala?
    Como   a nave
     corta   o ar,
    como   o vento
    corta   a face
       e o   remédio
    corta   a dor
    a fala   também
    corta   caminho
       pro   amor!
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 1995. p. 34.)

1. Você deve ter notado que todos os versos do poema apresentam um espaço que separa algumas  de suas palavras. Olhe o texto na vertical e leia o 1º verso. O que sugere esse espaço?

2. Na 3º e na 4º estrofes do poema, o autor joga com palavras e com ideias. Levante hipóteses sobre  o que significam as frases:
a) “A faca fala / quando corta.” Resposta pessoal. Sugestão: Cumpre seu papel, que é o de cortar.
b) “A faca corta / quando fala.” Resposta pessoal. Sugestão: O mesmo sentido da frase anterior e, além desse, o de que a faca só sabe se “comunicar” com as  coisas de forma cortante.

3. Nesse poema, o corte espacial resulta num corte também sintático. Identifique um exemplo em  que:
a) o sujeito fica separado de seu predicado; Entre outros, “A faca corta”, “A faca fala”.
b) o verbo fica separado de seu objeto; Entre outros, “corta o ar”, “corta a face”.
c) o adjunto adnominal é separado de seu núcleo. Entre outros, “a nave”, “o vento”.

 4. O poema se chama “Fio de fala”. Esse título faz um jogo sonoro com a expressão fio da faca, isto  é, a parte afiada da lâmina. Contudo, considerando as ideias gerais do poema, há uma grande  diferença de função entre essas duas expressões.
a) O que faz normalmente o fio da faca? Corta.
b) No poema, qual é o papel do fio da fala? Une as pessoas para o amor.

5. Observe todos os verbos presentes no poema.
a) São significativos ou de ligação? Significativos.
b) Qual é o único tipo de predicado existente em todo o texto? Predicado verbal.
c) Conforme vimos:
 • O predicado verbal indica a ação realizada pelo sujeito da oração.
 • O predicado nominal indica qualidade ou estado do sujeito.
 Considerando essas afirmações, conclua: Por que há na construção do poema apenas o tipo  de predicado que você identificou? Porque todo o poema só trata das ações de cortar e falar, praticadas por diferentes sujeitos.

6. Embora o papel do “fio da fala”, no poema, seja unir, e não separar, o corte espacial foi mantido  até o último verso. Agora o poeta é você: invente outro final para o poema, criando um verso que  sugira visualmente a união proporcionada pela fala no amor. Respostas pessoais. Contudo, espera-se que o aluno  rompa o espaço  em branco existente no poema, centralizando o seu verso. Além disso, pode até unir formalmente as palavras (para reforçar a ideia de união). Exemplo: proamor, falamor ou fiodefalamor.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português: Linguagens.

sábado, 11 de maio de 2013

Aula sobre Predicado II - 7º ano

Leia estes textos para responder às questões de 1 a 4:

TEXTO I
     Ele foi cavando, cavando,  cavando, pois sua profissão —  coveiro — era cavar. Mas, de  repente, na distração do ofí- cio que amava, percebeu que  cavara demais. Tentou sair da  cova e não conseguiu. Levantou  o olhar para cima e viu que,  sozinho, não conseguiria sair.  Gritou. Ninguém atendeu.  Gritou mais forte. Ninguém  veio. Enrouqueceu de gritar,  cansou de esbravejar, desistiu  com a noite. […] Só pouco  depois da meia-noite é que lá  vieram uns passos. Deitado no  fundo da cova o coveiro gritou.  Os passos se aproximaram. Uma  cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: “O que é que há?”
     O coveiro então gritou desesperado: “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível!” “Mas, coitado!” — condoeu-se o bêbado. — “Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou  a terra de cima de você, meu pobre mortinho!” E pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo  cuidadosamente.
(Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas. 12. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991. p. 12.)

TEXTO II
     Pirapemas, o povoado em que eu nasci, era um dos lugarejos mais pobres e mais humildes do  mundo. Ficava à margem do Itapicuru, no Maranhão, no alto da ribanceira do rio.
     Uma ruazinha apenas, com vinte ou trinta casas, algumas palhoças espalhadas pelos arredores e  nada mais. Nem igreja, nem farmácia, nem vigário. De civilização — a escola apenas. […]
     Vila pacata e simples de gente simples e pacata. […]
     A melhor casa de telha era a da minha família, com muitos quartos e largo avarandado na frente  e atrás. Chamavam-lhe a casa-grande por ser realmente a maior do povoado.
     Para aquela gente paupérrima éramos ricos. […]
     Não havia no lugarejo ninguém mais importante do que meu pai. Era tudo: autoridade policial, juiz, conselheiro e até médico. […]
     Era um homem inculto, mas com uma inteligência tão viva, que se acreditava ter ele cursado escolas. E, ao lado disso, uma alma aberta, franca, jovial e generosa, que fazia amigos ao primeiro contato.
(Viriato Corrêa. Cazuza. 27. ed. São Paulo: Nacional, 1997. p. 16-7.)

1. Em relação ao texto I, indique:
a) as personagens; o coveiro e o bêbado c) o lugar; um cemitério
b) o fato principal; d) o tempo. à tarde e à noite

2. Observe os verbos empregados no texto I.
a) Eles são, na maioria, verbos de ligação ou verbos significativos? São verbos significativos.
b) Classifique os verbos destacados nestes trechos do texto:
 • “Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite.” intransitivos
 • “‘Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!’ E pegando a pá, encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.” transitivos
c) O que eles indicam: ação ou estado? ação

3. Observe os verbos do texto II.
a) Classifique os verbos destacados nestes trechos do texto:
 • “Pirapemas, o povoado em que eu nasci, era um dos lugarejos mais pobres e mais humildes do  mundo.”
 • “A melhor casa de telha era a da minha família”
 • “Para aquela gente paupérrima éramos ricos.”
 • “Era tudo: autoridade policial, juiz, conselheiro e até médico.” verbos de ligação
b) O que eles indicam: ação ou estado? estado

4. O texto I conta uma história, e o texto II conta como são o povoado, seus moradores e o pai do  narrador-personagem.
a) O texto I é narrativo, descritivo, argumentativo, científico ou instrucional? E o texto II?
b) Que tipo de predicado predomina no texto I? E no texto II? No texto I, verbal; no texto II, nominal.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português: Linguagens.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Atividade sobre tipos de narrador (personagem, observador e onisciente)

Leia os trechos a seguir, observando as características dos três tipos de narrador (personagem, observador e onisciente).

Texto 1
Abriu a janela no exato momento em que a garrafa com a mensagem passava, levada pelo vento. Pegou-a pelo gargalo e, sem tirar a rolha, examinou-a cuidadosamente. Não tinha endereço, não tinha remetente.
Certamente, pensou, não era para ele. Fonte: Colasanti (1986).

Texto 2
Quando Ana me deixou, eu fiquei muito tempo parado na sala do apartamento, cerca de oito horas da noite, com o bilhete dela nas mãos. No horário de verão, pela janela aberta da sala, à luz das oito horas da noite podiam-se ainda ver uns restos de dourado e vermelho deixados pelo sol atrás dos edifícios, nos lados de Pinheiros. Eu fiquei muito tempo parado no meio da sala do apartamento, o último bilhete de Ana nas mãos, olhando pela janela os vermelhos e os dourados do céu. E lembro que pensei agora o telefone vai tocar, e o telefone não tocou, e depois de algum tempo em que o telefone não tocou, e podia ser Lucinha da agência ou Paulo do cineclube ou Nelson de Paris ou minha mãe do Sul, [...] então pensei agora a campainha vai tocar. Podia ser o porteiro entregando alguma correspondência, a vizinha de cima à procura da gata persa que costumava fugir pela escada, ou mesmo alguma dessas criancinhas meio monstros de edifício, que adoram apertar as campainhas alheias, depois sair correndo. Ou simples engano, podia ser. Mas a campainha também não tocou, e eu continuei por muito tempo sem salvação parado ali no centro da sala que começava a ficar azulada pela noite, feito o interior de um aquário, o bilhete de Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de respirar. Fonte: Abreu (2005).

Atividades:
1. Após a leitura dos trechos citados, responda ao que se pede.
Texto 1
a. Você acha que a personagem devolveu a garrafa ao vento?
b. Invente uma continuação para a narrativa.
 
Texto 2
a. Imagine o que Ana teria escrito no bilhete.
b. O personagem permaneceu estático na sala, com o bilhete de Ana em suas mãos. O que você acha que aconteceu depois?
c. Procure manter o tom do texto e finalize a história.

2. Imagine o seguinte enredo:
 
Dois jovens, viciados em computador, conhecem-se numa sala de bate-papo da internet. Durante meses, eles conversam, trocam ideias, compartilham problemas e sentimentos.
Um dia, a garota recebe a seguinte mensagem:
Heloísa,
As coisas estão se tornando difíceis para mim. Não vou escrever de novo para você. Nosso relacionamento está ficando intenso demais, real demais, e acho que você não existe. Eu inventei você, nossas conversas, seu endereço. Eu me sentia só, queria ardentemente uma amiga, mas perdi o controle. Acho que estou apaixonado por você. Antes que essa loucura acabe comigo, adeus.
Abelardo
Prontamente, a garota responde:
Abelardo, tolinho
Você não pode me transformar num fantasma porque está com medo. Um poeta não dispensa sua musa por capricho. Se você não vier me encontrar, eu irei até você.
Heloísa
Fonte: Cereja e Magalhães (2000, p. 50).

Com base no enredo das personagens acima e considerando as características do gênero narrativo, crie um texto narrativo tematizando o encontro ou o desencontro entre as personagens. Construa o tempo e o espaço em que os fatos ocorrem. Não se esqueça de construir o tempo e o lugar em que os fatos ocorrem. Se quiser, introduza novas personagens. O narrador pode ser observador ou personagem. Se adotar o narrador-personagem, escolha o ponto de vista: narre sua história sob a ótica de Abelardo ou sob a de Heloísa.
Fonte:  http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_03.html

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aula sobre Verbo - o Subjuntivo (atividades 7º ano)

Leia este poema, de José Paulo Paes:

Paraíso
Se esta rua fosse minha, 
eu mandava ladrilhar, 
não para automóvel matar gente, 
mas para criança brincar. 

Se esta mata fosse minha, 
eu não deixava derrubar. 
Se cortarem todas as árvores, 
onde é que os pássaros vão morar?


Se este rio fosse meu, 
eu não deixava poluir. 
Jogue esgotos noutra parte, 
que os peixes moram aqui. 

Se este mundo fosse meu, 
eu fazia tantas mudanças
que ele seria um paraíso
de bichos, plantas e crianças.
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante. Porto  Alegre: Projeto, 1995. p. 113.)


1. Provavelmente, ao ler os dois primeiros versos do poema, você se lembrou de uma cantiga de  roda muito conhecida. Quando um texto se relaciona com outro, dizemos que entre eles há  intertextualidade ou uma relação intertextual.
a) Escreva em seu caderno a 1ª estrofe dessa cantiga de roda com a qual o poema de José Paulo  Paes mantém uma relação intertextual.
b) Compare a 1ª estrofe do poema com a 1ª estrofe da cantiga. Qual delas:
 • apresenta uma preocupação mais social?
 • é mais sentimental?

2. As cantigas de roda são produções poéticas populares, de autores anônimos. Portanto, que variedade da língua se espera que seja empregada nesse tipo de texto?

3. Observe os verbos destacados nestes versos: “Se esta rua fosse minha, / eu mandava ladrilhar”.
a) Classifique-os quanto ao tempo e ao modo.
b) Entre esses tempos verbais não há uma correspondência rigorosa. Reescreva os versos, colocando os verbos nos tempos e modos exigidos pela norma-padrão.
c) Em que outras estrofes se verifica a mesma falta de correlação entre os tempos verbais?

4. Observe os verbos destacados nestes versos: “Se cortarem todas as árvores, / onde é que os pássaros vão morar?”.
a) A locução verbal vão morar é uma forma simples e coloquial que substitui, no texto, uma  forma verbal de acordo com a norma-padrão formal. Qual é essa outra forma? Qual o seu  tempo e modo?
b) Como se vê, o poeta preocupou-se em empregar a língua popular, coloquial. Considerando a  origem popular da cantiga de roda — texto a partir do qual o autor criou seu poema —, você acha que o tipo de língua escolhido é adequado ou inadequado? Por quê?

5. Nos contos de fada, sempre que lemos a expressão Era uma vez..., mergulhamos num mundo de  fantasia, onde tudo pode acontecer: príncipes viram sapos, bruxas malvadas se vingam de pobres  moças indefesas, etc.
Na língua, o modo subjuntivo também é porta de entrada para um mundo imaginário, o das  hipóteses e das possibilidades.
a) No poema “Paraíso”, qual é a palavra que nos faz adentrar esse mundo imaginário?
b) O poeta dá ao texto o nome Paraíso. Como é o paraíso imaginado por ele?
c) Ao conhecermos o mundo imaginário do poeta, podemos fazer uma suposição a respeito do  seu mundo real. Na sua opinião, como ele é?

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Atividades sobre pronomes (exercícios) 6º ano

Leia o poema a seguir, de Carlos Queiroz Telles, e responda às questões de 1 a 3.

Recado
Vocês podem me falar.
Vocês podem me explicar.
Vocês podem me ensinar.
Vocês podem me pedir.
Vocês podem me exigir.
Vocês podem me ordenar.
Vocês podem me forçar.
Vocês podem me obrigar
a fazer o que eu não quero.
Só não venham, por favor,
me dizer o que eu quero!
(Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990. p. 37.)


1. Todo o poema é construído a partir de uma relação de oposição entre os interlocutores, identificados por pronomes.
a) Que pronome identifica o locutário?
b) Que pronomes identificam o locutor?
c) Classifique-os.

2. O poema se intitula “Recado”.
a) Quem você acha que pode ser o locutor desse “recado”? Por quê?
b) E quem poderia ser o locutário?

3. Observe, a seguir, os dois grupos de palavras que finalizam os versos do poema na primeira  estrofe. Se necessário, consulte o dicionário para perceber a diferença de sentido entre elas.
Grupo 1      Grupo 2
falar             exigir
explicar        ordenar
ensinar          forçar
pedir             obrigar

Essas palavras representam os esforços feitos pelos outros para que o locutor faça aquilo que não  quer.
a) Leia na vertical as palavras dos dois grupos. Em seguida, compare a primeira palavra de cada  grupo com a última palavra. Nota-se que, de uma palavra para outra, vai ocorrendo uma  mudança. Esse tipo de alteração corresponde a qual das ideias abaixo? oposição gradação exclusão
b) Compare as palavras do primeiro grupo com as palavras do segundo grupo. Em qual deles se  nota maior imposição de ideias?

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

terça-feira, 7 de maio de 2013

Atividades sobre Numeral (exercícios) 6º ano

Leia este poema, de Fernando Paixão, e responda às questões 1 e 2.

O ônibus

Logo na esquina
desceu o primeiro.
Seguiu o motorista
mais quatro passageiros.

Desceu o segundo
no ponto seguinte.
Levou um susto:
a rua estava diferente.

Desceu o terceiro 
na casa de Raimundo 
que carrega no nome 
tanta raiva do mundo.

O quarto desceu
em frente à estátua.
Caiu-lhe sobre a cabeça 
uma espada de prata.

Desceu o último
tranquilo na calçada, 
queria sentir o vento,
passear e mais nada.

Ficou só o motorista 
nenhum passageiro.
Agora sim – ufa! – 
podia ir ao banheiro.
(Poesia a gente inventa. São Paulo: Ática, 1996.)


1. O poema está organizado em partes, isto é, em estrofes.
a) Qual é o número de estrofes do poema?
b) Quantas pessoas havia ao todo no ônibus?
c) Conclua: qual a relação entre as estrofes do poema e as pessoas do ônibus?

2. O poema, desde o início, apresenta diversos numerais.
a) Quais os dois tipos de numerais que foram empregados?
b) Desses tipos, qual foi o mais utilizado?
c) O ônibus faz uma viagem, e os passageiros descem em pontos diferentes. Ao empregar predominantemente esse tipo de numeral, o que o autor pretende indicar, quanto à descida de  cada passageiro?
Você já tomou um “vampiro enganado”? Essa é uma receita que o Menino Maluquinho inventou.  Veja

Vampiro enganado
Ingredientes
1 copo de suco de uva
1 cenoura raspada e cortada em pedaços
1 tomate maduro
1 laranja descascada e cortada em pedaços, sem semente
Modo de fazer
1 — Coloque no liquidificador a laranja e a cenoura e triture bem.
2 — Acrescente o tomate e o suco de uva.
3 — Junte dois ou três cubos de gelo e uma colher de sopa de açúcar.
4 — Desligue o aparelho e passe a bebida por um coador para retirar as fibras que tenham 
ficado. Sirva em copos altos.
(Ziraldo. O livro de receitas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2002. p. 18.)

3. A receita é organizada em duas partes: a dos ingredientes e a do modo de fazer.
a) Que tipo de informação encontramos na primeira parte?
b) E na segunda?

4. Na primeira parte da receita, encontramos vários algarismos. Na sua opinião, por que foram  empregados algarismos em vez de numerais?

5. Num dos itens do Modo de fazer, encontramos alguns numerais.
a) Identifique-os.
b) Por que você acha que o gelo e o açúcar não foram mencionados na parte Ingredientes?

6. Compare a palavra uma de “uma colher de sopa de açúcar” à palavra um de “um coador”.
a) Qual dessas palavras é numeral? Como você sabe isso?
b) Qual dessas palavras é artigo indefinido? Por quê?
 7. As receitas em geral são textos que apresentam muitos algarismos ou numerais. Por que você acha  que isso acontece?

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atividades sobre artigos (exercícios) 6º ano

Leia o poema com atenção, observando o efeito da presença ou da ausência de artigos, e responda às questões de 1 a 4.
Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar… as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
(Carlos Drummond de Andrade. Reunião. 10. ed.  Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. p. 17.)


1. O poema está organizado em três estrofes. Observe o emprego dos artigos em cada uma delas.
a) Na primeira estrofe não foram empregados artigos. Você acha que, como consequência, os substantivos dessa estrofe são particularizados ou generalizados?
b) Que tipo de artigo foi empregado na segunda estrofe? O que ocorreu com os substantivos que  estão acompanhados por esse tipo de artigo?

2. Nessa “cidadezinha qualquer” do interior, tudo é muito parado e parece não haver muita coisa para  fazer. Na última estrofe, o eu lírico diz: “as janelas olham”.
a) Naturalmente, as janelas não têm a capacidade de olhar. Na sua opinião, quem estaria olhando  o movimento da cidade?
b) De acordo com essa estrofe, o que parece ser uma das principais distrações das pessoas da cidade?
c) Que tipo de artigo o autor empregou para acompanhar o substantivo janelas?
d) Por que o poeta teria empregado esse tipo de artigo apenas para acompanhar a palavra janelas?

3. Nesse poema, o emprego dos artigos sugere uma forma especial de olhar a cidade. A sequência  em que os artigos aparecem no texto sugere uma gradação, que pode ser esquematizada assim: falta de artigo ➝ artigos indefinidos ➝ artigo definido
Essa gradação vai do particular para o geral, ou do geral para o particular?

4. O poema se chama “Cidadezinha qualquer”. Vamos suprimir a palavra qualquer e acrescentar  artigos. Veja:
a cidadezinha (artigo definido)
uma cidadezinha (artigo indefinido)
Em qual dessas construções o sentido se aproxima mais do título?

5. Às vezes, em certas situações, o artigo definido pode adquirir um sentido diferente do usual.  Tente descobrir o sentido dele nestas frases:
a) Este não é só um sanduíche: é o sanduíche!
b) Custa um real a dúzia da banana.

6. Há situações em que os artigos podem dar uma noção de quantidade aos substantivos.
Compare estas duas frases:
Vou comprar a bicicleta do meu primo.
Vou comprar uma bicicleta do meu primo.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português: Linguagens

domingo, 5 de maio de 2013

Comunicação e linguagem (símbolos)



Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
1. O texto está organizado  em sete cenas. Nas primeiras cenas, um homem  chega de trem a uma cidade. Observe como ele está  vestido e o que carrega.  Responda:
a) Ele mora nessa cidade?  Quem é ele?
b) A que região do mundo  ele provavelmente chegou? Como sabemos  disso?

2. Na 2ª cena, um velhinho  faz um gesto ao turista e, ao  mesmo tempo, lhe diz alguma coisa na língua daquele país. Observe as cenas  seguintes e responda: Como  o estrangeiro entendeu as  palavras das pessoas com  quem teve contato? Por  quê? Justifique sua resposta.

3. Observe a última cena.  Nela, o recepcionista fala a  mesma coisa que as outras  pessoas falaram. Porém ele  está numa situação diferente  das outras. O que você acha  que ele está dizendo? Por quê?

4. Observe a expressão do rosto do estrangeiro.
a) O que ela expressa? Expressa surpresa, espanto, desapontamento.
b) Por que ele reage desse modo? Porque percebe que foi enganado, que fez papel de bobo, etc.

5. Como se constrói o humor do cartum? O humor do cartum está no fato de as pessoas terem brincado com o estrangeiro, pelo fato de ele não dominar  o código verbal utilizado no lugar.

6. Cada povo e cada cultura possuem seus próprios símbolos. Símbolo é um sinal que representa  ou substitui alguma coisa: um país, um clube de futebol, uma entidade religiosa, um povo, etc.  Não, ele é uma pessoa  de fora. Talvez esteja ali  a turismo ou a negócios. Ele chegou a um país árabe. Sabemos  disso pelo modo como homens e  mulheres se vestem, pelos utensílios à  venda na loja e pelos edifícios do lugar. Ele provavelmente está xingando, pois ocorreu algum acidente com o quadro da parede. Ele deve ter entendido como um cumprimento, pois todos se  mostram educados e amigáveis.
Assim como as palavras, os símbolos também dependem de uma convenção, isto é, eles necessitam ser codificados para que todos o reconheçam.
a) Que símbolo representa o cristianismo? A cruz.
b) Cite um símbolo que representa o Brasil.

7. Observe a figura ao lado. Troque ideias com os colegas e com o professor: O que ela representa? A paz.

sábado, 4 de maio de 2013

Atividades sobre Variedades Linguísticas (Variação linguística)

Leia este poema, de Elias José:

À moda caipira
Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.
U musquitu ca mutuca
num cumbina.
U musquitu pula
i a mutuca impina.

U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.

U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.

U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.

U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.

U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…

Eu mais ocê cumbina
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…
(Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.)

Exercícios:

1. Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às regras ortográficas da língua portuguesa.
a) Leia o nome do poema e tire uma conclusão: Por que, na sua opinião, o autor escreveu o texto desse modo?
b) Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?

2. Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas  conforme aparecem no poema.
mosquito - musquitu
pato - patu
rato - ratu
a) Quais dessas palavras lembram mais o nosso jeito de falar?
b) Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como as palavras são escritas?

3. Compare em cada par de palavras abaixo as da esquerda com as da direita e tire conclusões sobre  as diferenças entre oralidade e escrita.
mosquito — musquitu parece — pareci insulta — insurta
combina — cumbina come — comi salta — sarta
comer — cumê dele — deli
a) O que acontece com a vogal o de sílabas átonas (fracas), como em mosquito, quando a palavra é falada?
b) O que acontece com a vogal e da sílaba final das palavras, como em parece, quando ela é  falada?
c) O que acontece com a letra l anterior à última sílaba, como em insulta, quando ela é falada?
d) Dessas mudanças, quais são as típicas do dialeto caipira?
e) Por que existem essas diferenças entre oralidade e escrita, na sua opinião?

4. Observe este trecho do poema:
“eu iscrevu essas poesia”
a) Além da grafia da palavra iscrevu, esse trecho apresenta outra variação em relação à
norma-padrão. Qual é ela?
b) Apesar dessa variação, podemos entender que o trecho se refere a uma única poesia ou a mais
de uma? Como é possível saber isso?

5. Na última estrofe do poema, o eu lírico se dirige a outra pessoa e compara seu relacionamento  com ela ao relacionamento de vários animais.
a) Quem é essa pessoa?
b) O que o eu lírico pretende provar com essas comparações?

6. No poema de Elias José, você viu de que modo um caipira faria uma declaração de amor usando seu  dialeto. As gírias relacionadas a seguir pertencem a todas as “tribos”, isto é, a todos os grupos sociais  de hoje. Coloque-se no papel de um skatista, de um surfista, de um metaleiro, etc. e escreva uma  pequena declaração de amor à pessoa amada, utilizando algumas dessas gírias. Se quiser, acrescente  outras. Quando terminar, leia a declaração para a classe e divirta-se com a dos colegas. animal: pessoa muito legal ou agressiva.
avião: mulher bonita.
comer pelas beiradas: chegar de mansinho.
crescer o olho: cobiçar alguma coisa.
dar um gás: fazer alguma coisa rapidamente.
dar um rolê: dar uma volta, passear.
do bem: alguém que é confiável.
ficar: namorar sem compromisso.
firmeza: pessoa legal.
jaburu: mulher feia.
maneiro: algo bem interessante.
mina: menina, garota.
tigrão: garoto bonito, esperto.

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Atividades sobre adjetivo (6º ano)

Observe a construção do texto a seguir, do poeta Pedro Xisto:

cheio
vazio
cheio
               cheio
               vazio
               cheio
                             cheio

                             cheio
(In: Bruno Bertrandis de Carvalho. As águas glaucas. São Paulo: Bertrandis & Vertecchia, 2006.)

1. A que classe gramatical pertencem as palavras que constroem o texto?

2. O texto pode ser organizado em três partes, ou em três momentos.
a) Que palavra falta na última parte do texto?
b) Como essa palavra é sugerida no texto?

3. As palavras cheio e vazio devem se referir a algum substantivo, não expresso no texto. Qual será  ele? Dê uma sugestão.

4. Como o poeta Pedro Xisto, crie um pequeno texto, brincando com dois outros pares de adjetivos ou de substantivos. Sugerimos os pares preto/branco ou noite/dia, mas você pode escolher  outros. Se quiser, escreva o texto com lápis de cor.

5. Marido e mulher estão conversando. De repente, o marido diz uma destas frases:
Sua ideia de viajar me é simpática.
Sua ideia de viajar não me é simpática.
Sua ideia de viajar me é antipática.
a) Qual dessas frases daria a entender que o marido é totalmente favorável à ideia de viajar?
b) E qual delas dá a entender que é totalmente desfavorável?
c) Que diferenças de sentido existem entre a segunda e a terceira frases?

6. Observe o emprego do adjetivo destacado nestas duas frases:
Aquela moça é muito bonita.
Nossa! Como você está bonita!
Qual a diferença entre ser bonita e estar bonita?

11. Leia o texto a seguir, observando como seu autor, o cronista Mário Prata, brinca com os adjetivos  grande e pequeno:
Foi numa grande festa na pequena cidade que o fato se deu.
O grande homem, olhando para a pequena mulher, pensou: 
— que pequena. 
A pequena mulher, sentindo os grandes fluidos em sua cabeça, pensou: 
— Grande. 
Pequenas piscadas, grandes sorrisos, uma só cumplicidade. 
E foi assim que eles foram.
Ele pegou nas pequenas mãos da mulher com sua grande mão. 
Com os seus grandes olhos, procurou os pequenos dela, grande ternura,  pequena timidez.
(O Estado de S. Paulo, 30/8/1995.)

Substitua as palavras grande e pequeno por palavras ou expressões de sentido equivalente ao
que têm em cada uma das situações nas quais foram empregadas.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português e Linguagem

Atividade sobre Substantivos I (6º ano)

Leia este poema, de Ronaldo Azeredo:

ruaruaruasol
ruaruasolrua
ruasolruarua
ruaruaruas

Exercícios:
1. Quais são os substantivos que participam da construção do texto?

2. Observe a posição da palavra sol em cada uma das linhas do poema.
a) O que ocorre com a palavra sol da primeira à última linha?
b) Relacione com as fases do dia as alterações espaciais sofridas pela palavra sol. O que sugere o  desaparecimento dessa palavra no último verso?

3. Crie você também um pequeno texto visual, jogando com dois substantivos: céu e lua. Uma possibilidade é sugerir o movimento da lua durante a noite. Se preferir, escolha outros substantivos  e outra disposição visual.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português: Linguagens

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Flexão dos substantivos e adjetivos (atividades) 6º ano

Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 6:

Orion
A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava, 
o pescoço não alcançava, 
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão.
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa 

1. O eu lírico do texto, isto é, a pessoa que fala no poema, caracteriza a primeira namorada com um adjetivo.
a) Qual é esse adjetivo?

b) Como se classifica o grau desse adjetivo?

2. A primeira namorada é vista no poema como um ser intocável, impossível de alcançar. O eu lírico  tenta chegar até ela de várias formas, com o corpo e até com o som, mas tudo é inútil.
a) Que expressões demonstram a tentativa de atingir a mulher amada com o corpo?
b) Que expressão demonstra a tentativa de atingi-la pelo som?
c) Que verso resume o distanciamento do eu lírico em relação à mulher amada?

3. O último verso do poema menciona o substantivo sobradão.
a) Em que grau está esse substantivo?
b) Esse grau de sobrado aumenta ou diminui ainda mais a distância entre o eu lírico e a mulher  amada? Por quê?

4. Orion é o nome de uma constelação. Duas das características das estrelas são a distância e a  frieza (têm brilho próprio, mas emitem luz sem calor).
a) Na verdade, a quem se refere a palavra Orion, que dá título ao poema?
b) Que semelhanças há entre a atitude dessa pessoa e as estrelas em geral?

5. Agora olhe o poema (não leia) como se fosse um desenho ou uma pintura: ele se compõe de seis versos quase do mesmo tamanho e do título, no topo.
a) Que parte do poema pode representar o sobradão?
b) Que parte do poema pode representar a mulher amada?
c) Que parte pode representar o eu lírico?

6. Com base em todas as suas repostas anteriores, conclua:
a) Qual o sentido da palavra alta no poema?
b) De que forma, nesse poema, o adjetivo e o grau do substantivo contribuem para construir a ideia  central do poema, que é o distanciamento amoroso entre o eu lírico e a mulher amada?

Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Análise da música "Que País É Esse? (Legião Urbana)

Que País É Esse? (Legião Urbana)

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?

No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, Minas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis e documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?

Terceiro mundo se foi
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?

QUESTÕES:
1. Na sua opinião, como se caracteriza o eu-lírico (faixa-etária, nível de estudo, etc) na música “Que País É Esse”?
Um adulto, bem esclarecido, trabalhador. 

2. O que expressa o eu-lírico na letra da música “Que País É Esse”?
Expressa a indignação de alguém com os problemas sociais de seu país, como a pobreza, a corrupção, o desrespeito, etc. 

3. Transcreva um pequeno trecho da música e comente fazendo uma interpretação.

4. A música "Que País É Esse" foi composta por Renato Russo há mais de 30 anos. Mesmo assim, a letra dela se encaixa na realidade em que vivemos nos dias de hoje? Explique.

Verbos - semântica e discurso (atividades)


Leia os textos a seguir e responda às questões de 1 a 3.


1. O texto da esquerda é um anúncio que foi publicado numa revista do jornal Folha de S. Paulo. O texto da direita é um folheto que foi distribuído em aeroportos em época de carnaval.
a) Qual é a finalidade do anúncio?>
b) Qual é a finalidade do folheto?
c) Levante hipóteses: Que relação o folheto pode ter com o carnaval?

2. Observe agora os modos e tempos verbais empregados nos dois textos.
a) Que tempos e modo foram utilizados no anúncio publicitário? Justifique sua resposta com exemplos.
b) No folheto, que modo foi utilizado? Justifique sua resposta com exemplos.

3. Considerando que a escolha de tempo e modo verbal não se dá por acaso, mas está vinculada ao sentido que se pretende dar aos textos, explique:
a) Por que, no anúncio publicitário, foram empregados os tempos e o modo que você identificou na questão anterior?
b) Por que, no folheto, predomina o modo que você identificou na questão anterior?

4. Leia esta anedota:

A professora mandou Paulinho escrever 50 vezes a palavra coube, pois o garoto insistia em dizer cabeu. Ele entrega a folha completamente preenchida com coube. Mas a professora diz:
— Paulinho, aqui só tem 48 vezes!
— Ah, professora, num cabeu 50 na folha...

a) A finalidade da anedota é divertir. Contudo, ela acaba fazendo uma crítica ao método usado pela professora. Qual é essa crítica?
b) A fala de Paulinho mostra que ele não compreendeu como conjugar o verbo caber na norma-padrão. Como ficaria a resposta de Paulinho se ele falasse de acordo com essa norma?
c) A forma cabeu não está de acordo com a norma-padrão. Apesar disso, o uso que Paulinho fez do verbo caber tem certa lógica. Pense em outros verbos da língua e explique qual é essa lógica.

5. Na linguagem cotidiana, é comum ouvirmos expressões como mandar dizer, mandar pegar, mandar trazer, etc. Alguns consideram esse tipo de construção deselegante, pois o verbo mandar dá à frase um sentido autoritário.
Que outra redação você daria às frases a seguir, a fim de torná-las menos autoritárias?
a) Mandei minha mãe fazer arroz-doce para mim hoje. Professor: As respostas são pessoais. Apresentamos algumas opções a título de sugestão.
b) Eu já não mandei você refazer o exercício?