Ritmo
Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco
Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes
No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa
até que enfim
se desenrola
toda a corda
e o mundo gira imóvel como um pião!
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 1995. p. 96.)
1. Observe as três primeiras estrofes do poema. Elas têm uma estrutura semelhante: primeiramente,
apresenta-se o local da ação, depois o sujeito da ação e, por fim, a ação praticada.
a) Que verso de cada uma das estrofes indica o local da ação? o primeiro verso
b) Qual é o sujeito da oração em cada uma das estrofes? 1ª: a varredeira; 2ª: a menininha; 3ª: a lavadeira
c) Quais são os verbos que exprimem as ações praticadas? varre, escova, bate
d) Que versos contêm o predicado desses sujeitos? varre o cisco, escova os dentes, bate a roupa
2. Observe o título do poema e perceba que, nas três estrofes iniciais, a repetição do predicado
produz um efeito sonoro, um ritmo.
a) Crie uma onomatopeia para imitar o som sugerido em cada estrofe.
b) Dos sons produzidos, qual é o mais forte? O produzido pela lavadeira.
3. Releia as duas últimas estrofes do poema:
a) Qual o sujeito dos verbos desenrola e gira? toda a corda; o mundo
b) A palavra corda apresenta vários sentidos. Observe:
corda: s.ƒ. 1. fio ou cabo utilizado para amarrar; 2. fio de tripa ou arame dos instrumentos
musicais; 3. mecanismo de funcionamento de relógios e brinquedos.
Qual o significado da palavra corda no poema?
arroio: regato, pequeno riacho.
4. No poema, o mundo é comparado a um pião.
a) Para pôr um pião em movimento, é preciso fazê-lo rodar com uma corda ou fieira. No poema,
que ações fazem o mundo entrar em movimento até ficar girando como um pião?
As ações das pessoas, em seu trabalho ritmado (varrer, escovar, bater), criam o impulso para fazer o mundo girar.
b) Explique essa aparente contradição: como pode o mundo girar se ele está imóvel?
O movimento do pião e do mundo é contínuo e uniforme, de modo que não o notamos.
5. É comum empregarmos o pronome na função de sujeito para evitar a repetição de termos.
Nas sequências das orações seguintes, elimine os pronomes que exercem a função de sujeito e
ligue as orações com as palavras ou expressões indicadas. Faça as adaptações necessárias.
a) Pedro só tem sete anos. Ele já faz cada pergunta... (mas) Pedro só tem sete anos, mas já faz cada pergunta...
b) O candidato fala muito bem. Ele convence qualquer eleitor. (tão... que)
c) Eles não vieram jantar. Eles não telefonaram para avisar. (nem) Eles não vieram jantar nem telefonaram para avisar.
d) Meu pai saiu muito cedo hoje. Ele tinha uma reunião com seu chefe. (porque)
e) Minha mãe chegou do trabalho. Ela viu aquela bagunça na sala. Ela me deu a maior bronca.
(quando – e) Quando minha mãe chegou do trabalho e viu aquela bagunça na sala, me deu a maior bronca.
6. Você aprendeu que qualquer palavra substantivada pode desempenhar a função de sujeito.
Assim, é comum, por exemplo, o locutor substituir um substantivo por um verbo, com a finalidade de realçar o sujeito, de dar-lhe mais ênfase. Observe esta situação:
A vida é muito boa.
Viver é muito bom.
Faça o mesmo tipo de substituição nestas orações:
a) Filho, a discussão nem sempre resolve. discutir
b) Em determinadas situações, o riso é o melhor remédio. rir
c) A pesca é o esporte favorito de muitos brasileiros. Pescar
d) O estudo e o trabalho são necessários a todo ser humano, mas também é preciso divertimento. Estudar e trabalhar / divertir-se
e) A briga não leva a nada. Brigar
Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
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